O GT-Estiagem, que atuou na crise hídrica de 2014/2015, foi reativado pelos Comitês PCJ e fez sua primeira reunião nesta terça-feira, dia 22 de junho. A decisão de reconstituí-lo é devido às atuais condições meteorológicas da região das Bacias PCJ, com chuvas abaixo da média e previsões para os próximos meses também abaixo da média. O Grupo irá definir medidas coletivas e integradas para o uso da água nas Bacias PCJ os setores usuários. A providência faz parte da “Operação de Estiagem PCJ – 2021”, instituída em 7 de junho, por meio da Câmara Técnica de Planejamento dos Comitês PCJ.  Na reunião, foi definido o Plano de Trabalho do grupo, que prevê uma série de ações:  uma campanha publicitária, elaboração de materiais de divulgação e Plano de Mobilização, realização de eventos relacionados ao tema, divulgar dados das redes de monitoramento disponíveis nas Bacias PCJ, realizar avaliação sobre possibilidade de financiamento de ações emergenciais para municípios, entre outras atividades.

Houve também uma apresentação da coordenadora da Sala de Situação PCJ, Ísis Franco, sobre o monitoramento de chuvas e vazões dos rios nas Bacias PCJ. “De uma forma geral, desde 2019, há ocorrência de meses com chuvas abaixo da média”, observou Ísis, destacando que os últimos seis meses tiveram anomalia negativa. Ela também comentou que nos últimos anos foi necessário retirar mais água do Sistema Cantareira tanto no período seco quanto no período úmido. Além disso, Ísis também comentou que nos últimos anos há uma queda sistemática das vazões médias, inclusive no mês de janeiro, que costuma ser mais chuvoso.

“De uma maneira geral, ações com redução de consumo são essenciais”, ressaltou o secretário-executivo do CBH-PCJ e PCJ Federal, André Navarro. Ele destacou a necessidade de ter uma visão para o futuro, pois haverá problemas se não tiver redução do consumo e maiores precipitações pluviométricas.

“Nosso grupo tem que ter um olhar para os 76 municípios das Bacias PCJ”, afirmou o coordenador da Câmara Técnica de Monitoramento Hidrológica, Alexandre Vilella. Ele também enfatizou que é preciso uma atenção maior para o setor rural, indústria e geração de energia elétrica. “Temos que ser o palco para unificar as ações e ter um olhar plurianual”, comentou.

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